quarta-feira, 13 de agosto de 2008

ROSA PARKS DIS NÃO


Marco na luta pelos direitos civis
Pode um lugar no ônibus assegurar o lugar de alguém na história?
No caso de Rosa Parks, sim.Em 1º de Dezembro de 1955, em Montgomery, no estado americano do Alabama, essa mulher de 42 anos recusou-se a ceder seu lugar a um homem.Hoje, em tempos politicamente corretos, Rosa seria chamada de afro-americana. Na época, era negra mesmo. O homem que ela deixou em pé era branco. Rosa Parks foi presa por desobedecer às leis que estabeleciam a distinção racial, mas a repercussão do caso deu origem a um boicote aos ônibus coordenado pelo reverendo Martin Luther King (1929-1968).O protesto durou 381 dias e terminou com uma decisão histórica da Suprema Corte, declarando inconstitucionais todas as formas de segregação nos ônibus.O detalhe é que naquele dia, voltando para casa depois de um dia inteiro de trabalho, Rosa se sentou na área do ônibus destinada aos negros. Mas uma lei local determinava que, se não houvesse assentos vagos entre os reservados aos brancos (na parte da frente do veículo), estes podiam ocupar o lugar de um negro. O movimento civil que Rosa Parks detonou foi um dos mais importantes da história da luta contra o racismo nos Estados Unidos.Montgomery foi palco das manifestações mais dramáticas. Os 48 mil negros da cidade – cerca de 75% da população – aderiram em peso ao boicote. Nas igrejas, hinos religiosos foram convertidos em “canções de liberdade”.As reivindicações eram relativamente modestas: eles queriam ser tratados com cortesia, sem a obrigação de ceder lugar aos brancos, e pediam a contratação de motoristas negro. As autoridades não os atenderam.A reação nada teve de pacífica. Houve casos de constrangimento policial e bombas explodiram em casas de líderes negros. A batalha, no entanto, seria ganha e marcaria o nascimento de uma liderança negra fundamental.

Nenhum comentário: