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Berlin, 1936. Hitler estava no poder há três anos, e sem dúvida já pensava na sua Segunda Guerra Mundial, que iniciaria três anos depois. Ele era um mestre da propaganda política, e resolveu usar as Olimpíadas como instrumento de publicidade de seu regime e da raça branca, que ele afirmava ser superior às outras.
Essa foi a maior competição até então. O número de participantes masculinos foi a 3600, e femininos 328, representando 49 países.
No atletismo a Finlândia confirmou sua tradição, ganhando muitas provas, e ficando em quinto lugar no total dos Jogos -- um ótimo resultado para um país pequeno. Até aí tudo saiu bem para Hitler: os finlandeses eram de pura raça branca. Já a maratona foi vencida por um japonês, de raça amarela. A maior decepção para Hitler, porém, foi o desempenho do atleta negro americano Jesse Owens, que ganhou quatro medalhas de ouro em salto em distância e corridas. Eram justamente as provas em que a Alemanha esperava brilhar. A medida que Owens ganhava cada prova Hitler ia ficando mais irritado, e mandava algum assessor entregar a medalha, em vez de fazê-lo ele mesmo. Quando o americano venceu a quarta prova, o ditador retirou-se do estádio, furioso. Jesse Owens passou para a história como símbolo da estupidez das teorias racistas de Hitler. Seu recorde mundial no salto em distância, de 8,06m só foi superado 24 anos depois, em 1960.
Terminados os jogos, os Estados Unidos ficaram em primeiro lugar nas medalhas de ouro, mas perderam para a Alemanha no total de medalhas.